Ame teus semelhantes, pois isso é bom e
agradável, mas não se esqueça de você. Por que como amar o outro se não
consegue amar a si mesmo?
O amor é como o vento pode ser avassalador ou
ameno. Indomável não é controlado ou governado e dependendo das circunstancias
é destruidor.
Seja a expressão de tuas convicções, o reflexo
do que almeja tua alma e a afirmação daquilo que confessa teu interior. Assim
não será uma farsa.
Ser a expressão exata do teu interior
significa transparência, lealdade não a terceiros, mas a si próprio. Pois como
viver, sendo aquilo que não és? Evidenciando aquilo que não é verdadeiro? No
mínimo isso é viver uma grande mentira, uma ilusão que pode a qualquer momento
ser surpreendida pela visita da verdade.
A ilusão não persiste para sempre. Ela tem o
costume de desmanchar, dissolver-se em meio à realidade. Outro ponto
estarrecedor, quem passa por isso, não vive, vegeta. Ou simplesmente frustrado,
tímido anda perseguido pela sua essência e, olha não dar pra fugir por muito
tempo de quem somos.
Fugindo de si mesmo, você, torna-se uma ilha.
Um segredo ambulante cuja perspectiva é padecer no paraíso. Não obstante, vira um
mistério a ser desvendado. Uma ilha a ser descoberta, conquistada.
Portanto, ame a si mesmo, preserva pra ti
mesmo a lealdade e concomitante os outros serás benção nunca tropeço. Amarás e
será amado, e se porventura não corresponderem ao teu amor, não importa, o
importante mesmo consiste no fato primeiro e único: se é verdade que ama, então
é a prova cabal que você estar vivo e que o sentimento é teu.
Logo você não pode obrigar ninguém a
corresponder o que tu sentes, ora o sentimento são teus. Sobretudo, o que
importa é estar bem consigo mesmo, ou seja, em paz. Livre de fantasma,
pensamentos intrusos. Livre do desconforto que é ser perseguido por quem és de
fato.
